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domingo, 16 de fevereiro de 2014

OS PERIGOS DA ÁGUA QUE BEBEMOS


OS PERIGOS DA ÁGUA QUE BEBEMOS 
                        Entre a água que nasce cristalina nas serras e chega aparentemente pura às nossas torneiras, muitas coisas acontecem. 
                        À medida em que as cidades crescem aumenta o consumo de água.  Um dos maiores problemas é o caminho por onde ela passa para chegar aos lares consumidores. 
Canais que chegam ao rio Guandu
                        A maior parte da água consumida no Rio de Janeiro vem do sistema Guandu, formado pelo bombeamento de águas do super-poluído Paraíba do Sul. 
Estação de Tratamento Guandu
                     O rio Paraíba do Sul vem sendo poluído desde sua nascente no município de Jacareí, interior de São Paulo. 
                     A formação do rio começa na Serra do Mar e Bocaina, mas só se avoluma ao receber os afluentes Paraitinga e Paraibuna, onde existe uma represa da CESP. Ainda no território paulista o rio já é altamente poluído, pois recebe esgotos de favelas, postos de combustíveis e indústrias.  Quando passa por Caçapava a situação já é caótica. Em vila Paraíba, São José dos Campos e Guaratinguetá, o Paraíba do Sul  já aparece em estado lastimável. Ao chegar á barra do Piraí suas águas já estão altamente  contaminadas. Em Itatiaia, Rezende e Volta redonda recebe cargas tóxicas de várias indústrias, principalmente das usinas siderúrgicas. 
                     Dos seus 1137 quilômetros de extensão, o Paraíba do Sul tem 500 no estado do Rio de Janeiro, cortando mais de quarenta municípios com centenas de indústrias poluidoras, favelas sem saneamento básico e lavouras contaminadas por agrotóxicos, só no território fluminense. 
 Esgoto doméstico 
Agrotóxicos
                       Antes de chegar à estação de tratamento as águas recebem também inúmeros poluentes domésticos dos moradores que circundam o Rio Guandu, que passa por cidades como Nilópolis, Queimados, Nova Iguaçu e tantas outras.
Estação de tratamento 

                     As águas das chuvas transportam lixo e despejos industriais, esgotos residenciais, lixo acumulado nas ruas e favelas que passam a fazer parte das águas do paraíba do Sul e do Guandu.
Rio totalmente sujo
Esgotos industriais
                     Apesar do esforço consciente de muitos cidadãos e autoridades preocupadas com o meio ambiente, os dois rios estão se tornando um imenso depósito de lixo. A situação tende a agravar-se pelo aumento populacional ribeirinho, pela instalação de novas indústrias e favelas, além da devastação das florestas remanescentes. 
 Água de chuva
 Valas em favelas
Córregos em favelas
                    Constantemente  são lançadas toneladas de poluentes químicos, substâncias altamente danosas ao organismo humano e animal. Coisas como cádmio, chumbo, cromo, mercúrio, fenóis, cianetos e tantos outros que podem causar incalculáveis danos à saúde. 
 Peixes mortos pela poluição
Postos lava-jatos 
                      Para garantir uma água "duvidosamente potável" em nossas torneiras, diariamente acontece um verdadeira operação de guerra na estação de tratamento Guandu. Uma árdua luta contra a tragédia causada pela irresponsabilidade do bicho homem. Além do grande trabalho diário, temos o enorme consumo de produtos químicos usados no tratamento. São produtos químicos para transformar esgoto em água aparentemente limpa, mas os resíduos de toda essa química, certamente, serão absorvidos pelo organismo dos consumidores.  Quanto maior for a poluição, tanto maior será o consumo destes produtos que a cada dia encarecem mais o custo final da água.
                     
desperdício de água
                     Quando o consumo aumenta, maior quantidade de água poluída terá de ser tratada para nos abastecer. Com o consumo exagerado passando pela estação de tratamento, fica difícil garantir que toda a água será realmente de boa qualidade. Até quando seremos abastecidos regularmente só Deus sabe. 
                     Esse problema de difícil solução não é apenas do Rio de Janeiro e São Paulo. Na verdade isto está acontecendo em todas as grandes cidades. Calcula-se que hoje no mundo mais de um bilhão e trezentos milhões de pessoas não dispõe de água potável. 
UMA SUGESTÃO
Os governos deveriam incentivar a captação de água da chuva nos telhados das casas em vez de ficar lamentando o aumento de consumo. Afinal a água de chuva é muito mais limpa do que o esgoto transformado em água aparentemente potável. 

Nicéas Romeo Zanchett 
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